Aos 25 anos, Jacobina foi nomeado Alferes da Guarda Nacional, o que lhe garantiu uma mudança significativa de status. Sua família passou a elogiá-lo e a se orgulhar dele, e agora era o "Sr. Alferes". Um dia sua tia Marcolina o chama para ir até o sítio onde ela morava. Por conta do status de seu sobrinho, ela lhe oferece um grande espelho, que pertenceu a Família Real Portuguesa e melhor mobília da casa, e o coloca no quarto destinado a Jacobina. A partir de então tudo mudou em sua vida. A percepção que tinha de si mesmo passou a ser aquela que outros tinham dele, e a pessoa que Jacobina era não mais existia.
Pouco tempo depois de chegar ao sítio, Marcolina saiu de viagem. Aproveitando a ausência dela, os escravos fugiram e Jacobina viu-se sozinho no sítio. Assim, passou os dias perdido nas sombras da solidão e angustiado por ter perdido a sua "alma exterior", fruto da imagem que os outros faziam dele. Em certo momento ele decide olhar o espelho e percebe que a imagem ali refletida estava corrompida e difusa, assim como a imagem que ele fazia de si mesmo na ausência dos outros.
Não conseguindo enxergar a si mesmo com nitidez, Jacobina resolve vestir sua farda e olhar-se no espelho. Dessa vez a imagem refletida era nítida e com clareza de detalhes e contornos. Recuperando, assim, a "alma exterior" que preenchia sua "alma interior", Jacobina conseguiu evitar a solidão nos dias que se passaram.
Terminado o relato de sua história, Jacobina vai embora e deixa seus amigos em um silêncio reflexivo.